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Acamamento afeta lavouras de arroz e pode causar perdas de até 15% na região

14/04/2025

Quem circula pela região de Agudo, Dona Francisca, São João do Polêsine e Restinga Sêca pode notar algo diferente nas lavouras de arroz: em muitos quadros, o arroz está deitado. Em entrevista ao Jornal Cidades do Vale, engenheiro agrônomo da Camnpal, José Mário Tagliapietra, explica que o que ocorre nessas lavouras é o acamamento, que pode ser causado por diversos fatores. O fenômeno compromete a colheita mecanizada, reduz o rendimento e afeta diretamente a qualidade do grão.
Zé explica que o primeiro motivo é o tipo de cultivar utilizado pelo produtor. “Algumas cultivares são naturalmente mais suscetíveis ao acamamento por possuírem colmos mais finos ou menor resistência estrutural. É importante selecionar sementes adaptadas  ao sistema de plantio (cultivo mínimo ou pré-germinado) e às condições da região e com histórico de boa resistência ao acamamento”, orienta o engenheiro.
Outra situação apontada por ele é o plantio tardio, causado pelas enchentes que atingiram a região. “Atrasou tudo. Os produtores tiveram que reorganizar as terras, acessos as lavouras, refazer muitos locais atrasando o plantio.  E quando o plantio do arroz é realizado fora da época preferencial, a palha fica mais frágil, a planta cresce de forma desbalanceada, favorecendo o acamamento.”
O engenheiro também associa o acamamento à condição do solo. Segundo ele, em alguns locais o lodo depositado pela enchente final de abril e início de maio de 2024, era rico em nutrientes, principalmente em matéria orgânica que é a principal fonte de nitrogênio. “O produtor pode ter esquecido que, em alguns pontos, já havia nutrientes, e acabou aplicando normalmente, como sempre fazia, na mesma quantidade. Mas era necessário levar em conta que a terra já tinha uma carga de insumos, o que fragiliza o pé de arroz e também contribui para que ele tombe.”
Ele ainda destaca a influência dos ventos fortes e da chuva na região. “O solo encharcado perde sustentação, e o peso da planta contribui para que ela tombe. Tivemos registros de ventos de até 70 km por hora. Então, tudo colabora, e por isso estamos vendo esse fenômeno acontecer com frequência.”
Em relação às perdas, Zé acredita que cerca de 15% da produção pode ser comprometida pelo acamamento. “O produtor tem muita dificuldade na colheita, da plataforma recolher  os grãos de arroz  caídos. Em função do  nível de acamamento, uns  produtores perdem mais, outros menos, ficando em torno de 5 sc, 10 sc, 15 sc por hectare e assim vai. O produtor precisa ficar atento.” Um ano nunca é igual ao outro.”



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